quinta-feira, 8 de junho de 2017


Vidas na Orla, é uma parceria entre a TVC,  o Instituto Dragão do Mar e o Laboratório de Estudos da Oralidade da Universidade Federal do Ceará (UFC), sob direção do antropólogo e professor Alexandre Vale. A série consiste em um experimento etnográfico sobre a diversidade de experiências na orla fortalezense. Abrangendo três territórios importantes de nossa capital – a Barra do Ceará, o Poço da Draga e a Beira-Mar – os filmes buscam figurar a diversidade de um povo criado à beira do mar, as resistências locais, as benesses e desventuras do viver urbano. A série é composta por três filmes, de 26 minutos cada. São eles: Marco Zero (sobre a Barra do Ceará), Dia de Vo(l)tar (Poço da Draga) e Arte itinerante (Beira-Mar).

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Vidas na Orla - reflexões sobre o litoral de Fortaleza


Série documental que aborda histórias sobre a Barra do Ceará, Poço da Draga e Beira-mar é lançada durante a Maloca Dragão 2017 na Mostra Cinema Documental: Fronteiras e Verdades

Quais os atravessamentos possíveis entre aqueles que tem na orla o território de viver, ser, criar e que, nesse cenário, enfrentam as desventuras da vida urbana? O antropólogo, pesquisador e professor Alexandre Fleming buscou tais encontros entre gente e espaços à beira-mar nas narrativas possíveis sobre a orla de Fortaleza.

Fruto de uma parceria entre TVC, Instituto Dragão do Mar e o Laboratório de Estudos da Oralidade da Universidade Federal do Ceará (UFC), a série Vidas na Orla, que dialoga com a etnografia, resultou em três médias-metragens que serão exibidos na Mostra de Cinema Documental: Fronteiras e Verdades, durante a Maloca 2017. Marco Zero, Dia de Vo(l)tar e Arte Itinerante são as obras que compõem a série, abrangendo três territórios de uma cidade em cotidiana reconstrução: Barra do Ceará, Poço da Draga e Beira Mar. Narrativas que buscam compartilhar a diversidade daqueles que crescem tendo a orla como continuação da rua, da casa e de si, assim como as potentes formas de resistir e os abatimentos do cenário urbano que a todos atinge.




Territorialidades da orla

E como esses locais geograficamente diferentes se encontram na cidade? Para Alexandre, "as questões dos usos e abusos das territorialidades da orla, especialmente no que tange aos processos de requalificação urbana" estão presentes, explícita ou implicitamente, nos três filmes. Um trajeto histórico, como aponta o realizador, "que vai da Fortaleza-capital-da-seca-e-da-miséria até à Fortaleza-urbana-do-turismo-de-benesses-tropicais" em que muitas vidas foram modificadas e deslocadas, resistindo e se re-apropriando dessa territorialidade tão cobiçada pelo setor imobiliário. Nesse contexto, a busca da equipe de pesquisa e de filmagem era pela memória, pela vida cotidiana, a lógica informal, os modos de viver, perceber e relatar o litoral.


Encontros narrativos com Fortaleza

Marco Zero, documentário de Vidas na Orla, narra a Barra do Ceará, a história do bairro, sua reivindicação como território fundador da cidade, o que move e o que preocupa naquela curva da cidade que junta mar, rio, morro e histórias de muitas gerações.

Para caminhar pelo Poço da Draga, o filme Dia de Vo(l)tar acompanha a trajetória de dois antigos moradores do local ao retornarem às ruas e espaços em um dia de eleição. Em um território que, historicamente, vive sob a pressão do processo de gentrificação que afeta a orla de Fortaleza, o retorno faz parte de um ritual de encontro, de saber o que e quem fica.

Em Arte Itinerante, artistas plásticos que fazem parte do cotidiano da Beira Mar, partilham as experiências que envolvem arte, conquista e ocupação de um espaço de fruição estética e de mercado.


A série Vidas na Orla fará parte do acervo do Museu Escola do Mar, projeto que começa a dar seus primeiros passos em um processo de produção de conteúdo sobre o mar, os significados da maritimidade e da civilização à beira mar, o que inclui a escuta de alguns dos pioneiros desse viver na região da Praia Iracema, os moradores do Poço da Draga.


Um mosaico da memória

Para Alexandre, as figurações da série Vidas na Orla podem ser "lidas" como "um mosaico de enunciações da memória sempre reinventada da cidade", a partir da ideia do litoral como um lugar de convivência complexa e dinâmica. Pontuando que, "os filmes, depois que são lançados, deixam de ser nossos", o diretor e antropólogo partilha que a série aborda aspectos ligados à memória coletiva dos processos de apropriação da orla fortalezense, remetendo também aos "processos de identificação das pessoas com os territórios em que vivem". Um convite para encontros de reflexão e identificação sobre Barra do Ceará, Poço da Draga, Beira Mar. Sobre Fortaleza.


Serviço:

Mostra Cinema Documental: Fronteiras e Verdades.
Estreia da série Vidas na Orla, dirigida por Alexandre Fleming (CE) / 75 min / Livre.
Quando: 28 de abril de 2017.
Onde: Cinema do Dragão.
Horário: 19h30min
Acesso gratuito.

Fonte: http://malocadragao.org.br/noticias/7/Vidas+na+Orla+-+reflex%26otilde%3Bes+sobre+o+litoral+de+Fortaleza

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015


                                Um curta-metragem de Alexandre Vale e Ângela Torresan.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014


Em parceria com o Laboratório de Estudos da Oralidade (LEO-UFC), Porto Iracema das Artes sedia I Itinerância do X Prêmio Pierre Verger

De quarta a sexta (20 a 22) o Porto Iracema das Artes recebe o X PRÊMIO PIERRE VERGER DE VÍDEO ETNOGRÁFICO – I ITINERÂNCIA, com mostra de vídeos etnográficos, conferência Filme Etnográfico, Webdocumentário e Antropologia Compartilhada e oficina de Produção Visual e Sonora em Antropologia.

O Concurso de Vídeo Etnográfico foi criado em 1996 pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA), com o objetivo de premiar produções que apresentem qualidade técnica reconhecida e são considerados exemplos de divulgação do conhecimento antropológico.

A Conferência “Filme Etnográfico, Webdocumentário e Antropologia Compartilhada” será conduzida pelos antropólogos Rose Hikiji (USP) e Alexandre Vale (UFC). Rose atua na linha da antropologia das formas expressivas, com ênfase em Antropologia Visual, da Performance e da Música. Suas pesquisas abordam temáticas, como cinema e violência, música em projetos de intervenção para a infância e juventude, filme etnográfico, produção audiovisual e artística na periferia. Alexandre Vale é autor de “No Escurinho do Cinema: Cenas de um Público Implícito”, a coletânea “Estilísticas da Sexualidade” e, recentemente a Coleção de Livros Ceará Cadinho e a coletânea “França e Brasil: Olhares Cruzados Sobre Imaginários e Práticas Culturais”.

A oficina de Produção Visual e Sonora em Antropologia será ministrada pelo também antropólogo Marcos Alexandre Albuquerque, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

LEO lança, por ocasião da IV REA/XIII ABANNE, a Itinerância da Mostra Múltiplos Brasis.





Com curadoria de Paula Morgado, coordenadora do Comitê de Antropologia Visual da ABA, a Itinerância da Mostra Múltiplos Brasis será realizada em Fortaleza nos dias 21, 22, 23 e 24 de fevereiro e integra as atividades da IV Reunião Equatorial de Antropologia e a XIII Reunião de Antropólogos do Norte e Nordeste, numa parceria com o Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (Lisa) da USP e o Laboratório de Estudos da Oralidade (Leo) da UFC. Os filmes que compõem a mostra, apresentada pela primeira vez em São Paulo em julho de 2012, têm como foco o cotidiano e as experiências que se revelam nas cidades, nas personagens, nas manifestações culturais, no ato performático de si e dos outros, cruzando fronteiras e produzindo um Brasil que vibra e é múltiplo.